O Banco Central informou que as regras gerais para o novo Pix parcelado serão divulgadas na última semana de outubro. Esse novo sistema vai padronizar as taxas de juros usadas pelos bancos participantes e vai desvincular as parcelas do limite do cartão de crédito, diferente do que ocorre atualmente.
Detalhes e padrões específicos para cada banco serão publicados em dezembro. Entre as novidades está a criação de uma área nos aplicativos bancários onde o cliente poderá acompanhar todas as parcelas que ainda estão pendentes, facilitando o controle do endividamento. Após a publicação dessas regras, os bancos terão um prazo para se adaptarem, ainda não informado pelo BC.
O modelo atual de parcelamento do Pix, que ocorre vinculado ao cartão de crédito, poderá continuar, desde que siga as novas normas estabelecidas. Vale destacar que o Banco Central começará a bloquear chaves Pix indicadas pelos bancos como ligadas a fraudes, medida anunciada junto com o cronograma de implantação do Pix parcelado.
Sobre o funcionamento, o Pix parcelado já está disponível em alguns bancos, mas ainda não há uma padronização nacional. A regulamentação tem como objetivo assegurar mais transparência e segurança para consumidores e lojistas. Ao contrário do Pix comum, que é gratuito, o Pix parcelado é um produto de crédito que inclui cobrança de juros e taxas.
Funciona como um empréstimo pessoal: o cliente, ao fazer qualquer pagamento pelo Pix, poderá optar pelo parcelamento, que mostra o número de prestações, juros e outros custos. O valor é transferido imediatamente ao destinatário, e as parcelas são debitadas mensalmente da conta do cliente.
Os valores e taxas de juros são definidos individualmente pelos bancos, considerando renda, gastos e histórico de crédito do cliente. Geralmente, os bancos definem um limite de empréstimo pessoal total para o cliente, que é dividido entre diferentes produtos, como cartão de crédito, CDC e cheque especial. Usar o Pix parcelado pode reduzir o limite disponível em outros produtos.
Para escolher a melhor forma de crédito, o cliente deve comparar juros, impostos e taxas cobradas em cada modalidade. Atualmente, enquanto o Pix parcelado não tem regulamentação definitiva, os bancos aplicam suas próprias políticas, geralmente baseadas no crédito pessoal.
No Brasil, o crédito pessoal mais caro é o rotativo do cartão de crédito, e o mais barato é o consignado para aposentados do INSS. A legislação de 2024 limita os juros do rotativo a 100% ao ano, enquanto o consignado apresentava, em junho de 2025, uma taxa média anual de 24,3%. O crédito pessoal comum, que serve de referência para o Pix parcelado, tinha uma taxa média anual de 108,6%.
Se o parcelamento do cartão de crédito não cobrar juros, ele será mais vantajoso que o Pix parcelado. Quando há cobrança no cartão, o Pix parcelado pode ser uma opção melhor, considerando as médias de juros no mercado.
O BC reforça que o Pix parcelado é uma modalidade de crédito e não um pagamento gratuito como o Pix tradicional, portanto, é importante atenção às condições oferecidas.
