domingo, 09 novembro 2025
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Cerveja, vinho e chope: é seguro consumir durante crise do metanol? Médicos e especialistas explicam

Com as recentes suspeitas de adulteração de bebidas alcoólicas com metanol no Brasil, a pergunta que não sai da cabeça de muita gente é: posso beber cerveja, vinho ou chope sem risco? Para sete médicos e autoridades ouvidos pelo G1, a resposta direta é que não há consumo 100% seguro, embora algumas bebidas sejam menos vulneráveis à fraude. O alerta unânime é: só consuma quando tiver plena garantia da procedência.

Destilados em alerta máximo

Segundo Luis Fernando Penna, do Hospital Sírio-Libanês, os destilados — como vodca, cachaça e uísque — são os campeões de vulnerabilidade à adulteração com metanol. Cerveja, vinho e chope aparecem como opções menos arriscadas, mas não estão totalmente livres de perigo. O consenso dos especialistas é direto: neste momento delicado, nenhuma bebida é 100% segura, e evitar o consumo é o mais prudente enquanto as investigações não avançam.

Cerveja em lata: a escolha menos arriscada

Renato Anghinah, neurologista da USP, destaca que cerveja e vinho, por serem vendidas em latas ou em garrafas bem lacradas, oferecem mais proteção contra fraudes, principalmente as cervejas em lata. Quanto mais difícil de adulterar, menor o risco — mas ainda assim, cautela é fundamental. Procure sempre rótulos, registros e apenas compre de fornecedores confiáveis.

O ministro da Saúde reforça a recomendação

O ministro Alexandre Padilha endossa o discurso dos médicos: “Evite, neste momento, ingerir destilados, principalmente incolores, se não tiver absoluta certeza da origem”. Não são produtos essenciais, então aguardar por maior segurança não traz prejuízo à rotina.

Fermentados também podem ser vítimas

Olivia Pozzolo, psiquiatra e pesquisadora do CISA, ressalta que, apesar do risco maior estar nos destilados, bebidas como cerveja, chope e vinho também devem ser consumidas apenas se houver garantia de origem, registro e regularização. A história recente mostra que até mesmo cervejas podem ser alvo de contaminação, como ocorreu com uma fábrica de Belo Horizonte em 2020.

Como ocorre a contaminação

Raymundo Paraná, hepatologista, explica: o metanol pode surgir por adulteração intencional (geralmente em destilados falsificados) ou por falhas durante o processo de produção. Ele reforça que grandes fabricantes nacionais são muito menos vulneráveis devido aos rígidos controles de qualidade.

André Ricardo Alcarde, da ESALQ/USP, complementa: adulterar fermentados é mais difícil, pela complexidade do produto. Cachaças produzidas dentro dos padrões não oferecem risco de contaminação.

Fique atento aos detalhes

Segundo associações do setor, como ABBD e IBRAC, é seguro consumir quando se trata de produtos formalmente registrados e comprados em locais confiáveis. Mas o mercado ilegal representa alto risco de saúde, tributação e envolvimento com o crime organizado. Preços abaixo do normal, ausência de rótulo ou registro, vendas informais e falta de nota fiscal são sinais de alerta.

A Abrasel orienta: prefira bebidas de fornecedores confiáveis, com preços justos, rótulo, lacre e cor conferidos no ato da compra. Os bares e restaurantes organizados mantêm controles rigorosos e não há registro de contaminação nesses locais. O setor segue mobilizado para garantir segurança aos consumidores.

Em resumo: durante a crise, ninguém está 100% seguro ao consumir bebidas alcoólicas. A cerveja em lata e o vinho aparecem como as opções de menor risco, mas, sem garantia de procedência, o ideal é evitar o consumo até que as investigações apontem maior segurança. Se optar por beber, preste atenção redobrada nos detalhes e nunca compre de fontes desconhecidas ou pouco confiáveis.Título: Cerveja, vinho ou chope estão seguros contra o metanol? Especialistas apontam principais riscos e cuidados

Em meio à onda de suspeitas e investigações sobre adulteração de bebidas alcoólicas com metanol, especialistas e médicos alertam: não existe consumo 100% seguro neste momento de crise sanitária. Ainda que cerveja, vinho e chope sejam menos vulneráveis à fraude em comparação aos destilados, qualquer bebida deve ser consumida apenas com garantia total de procedência.

O perigo nos destilados: vulnerabilidade máxima

Segundo Luis Fernando Penna, gerente médico do Hospital Sírio-Libanês, os destilados lideram a lista de risco. Vodca, cachaça, uísque e outros destilados são os principais alvos de adulteração e, por isso, o consumo requer atenção máxima. Cerveja, vinho e chope aparecem como opções menos arriscadas, mas não estão isentas de perigo – todo produto sem controle rigoroso de origem merece prudência.

Cerveja em lata: proteção extra

O neurologista Renato Anghinah, da USP, explica que opções em lata oferecem barreira adicional contra fraudes, tornando-as menos atrativas para criminosos. Fermentados como vinho e chope também apresentam menor risco de contaminação, mas nada garante a segurança absoluta. Sempre observe se há rótulo, registro e embalagem intacta, comprando apenas de fornecedores conhecidos.

Recomendações do Ministério da Saúde

O ministro Alexandre Padilha reforça: “Evite destilados, especialmente os incolores, sem garantia de origem. Não é produto essencial. Lazer pode esperar pela segurança.” O alerta vale sobretudo no momento em que o próprio Ministério acompanha vítimas da intoxicação em diversos estados.

Fermentados também merecem cautela

A psiquiatra Olivia Pozzolo (CISA) lembra que até cervejas podem ser eventualmente atingidas por falhas de produção ou manipulação criminosa, como ocorreu em Belo Horizonte em 2020. O risco é menor, mas continua existindo.

O hepatologista Raymundo Paraná, da UFBA, orienta que adulteração intencional é mais comum em destilados, enquanto grandes fabricantes nacionais oferecem menor risco graças ao controle rigoroso. André Ricardo Alcarde, especialista em tecnologia de bebidas (ESALQ/USP), vai além: bebidas fermentadas são mais difíceis de adulterar, mas a cautela nunca é demais.

Na dúvida: cheque tudo

Institutos e associações do setor reiteram que produtos do mercado formal, com registro, rótulo, embalagens lacradas e nota fiscal são os únicos que devem ser adquiridos. Preços muito baixos ou vendas informais são alertas de perigo. Bares e restaurantes estruturados não registraram casos de adulteração até agora, segundo a Abrasel.

Em resumo: cerveja em lata e vinho estão entre as bebidas menos vulneráveis no momento, mas nenhuma pode ser considerada absolutamente segura. Evite tomar bebidas sem certeza da origem, observe rótulos, embalagens e, na dúvida, deixe o lazer para depois da crise. Segurança sempre em primeiro lugar!

Eduardo Martello
Eduardo Martellohttps://www.estacao12.com.br
Criador e diretor de infraestrutura e programação da Estação 12
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